20 de janeiro de 2009
3 de janeiro de 2009
25 de dezembro de 2008
penso
"- O disco ta tocando de novo. Já ouvi esse pedaço.
- É que ele parece todo igual. Que nem chuva.
- Em algum momento fiquei horrorizada e com medo. Você não tem medo?
- Estou cansado... Mas..."
Pela cabeça, essa luz que não sei se é compreensão ou loucura me vem uma sensação de normalidade momentânea. Querer, ir, fazer, deveres que se veres... Para ser é e pronto.
Lua, nunca mais ti traduzi com palavras.
Mas Meu amor, ultimamente lhe digo
Tenho sentido um sono tão grande... Tanto sono.
Teus pensamentos estão cheios de lúcidas idéias,
Eu sinto.
Eu sei;
Doces são as tuas curvas que uivam quando quer
Você pode.
Vai
Volta
Um pouco é muito?
Vai dizer que muito é pouco
Mas vai!
Já saiu?
- Desculpa a demora é que estive pensando...
Mas por que você está com medo mesmo?
15 de dezembro de 2008
2 de dezembro de 2008
Ô calor!
Centro da cidade, 13:30 da tarde, não tinha almoçado, o sol parecia queimar um pouquinho mais a cada pequeno e rápido segundo.
Tenso.
Um lenço!
Eu penso.
Se esbarrar com alguém é ter a bola do ombro rebaixada...
Um pouco.
- Meu filho, eu num disse pra você não bater no menino!
- Ora mãe... ele num me ouviu! Eu num disse pra ele deixar de ficar frescando
Com a minha cara?
- Quebrar o nariz do menino, Kleyton?
é difícil companheiro...
é difícil!
No meio ou só a margem daquele filho do caos,
Vejo uma alma que talvez saísse do corpo para melhor passar.
Sentada, sem poder enxergar, vestida de preto
(lembrei do que falei sobre o sol nesse momento)
Sem muita esperança, encosta sua cabeça na porta que parecia
tão fria por não ta aberta...
Ela estende a mão para um possível céu e com a outra segura a testa,
que talvez dê uma força maior para a prece estendida, que parecia tão desacreditada.
Uma alma que talvez saísse de casa para salvar outras almas
é uma luz que do sonho
Segurou firme aquela mão estendida tão vazia e ao mesmo
badalar do segundo cheia de espera, apertou-lhe como se ali
estivesse transmitindo o amor que circulava em suas veias para
aquela mão com preces que pedia:
se apressem!
E com três suaves carinhos,
Pode-se do gesto ouvir:
Sussurrou ao final: LUZ!
Meu ônibus chegou.
Apenas um conceito
Vivemos segundo o nosso ponto de vista, com ele sobrevivemos ou naufragamos. Explodimos ou congelamos conforme nossa abertura ou exclusão em relação a essa dimensão que damos forma e ordem, chamado mundo.
Sou uma garota do meu tempo, e dele quero dar testemunho do jeito que posso: soltando minhas fantasias ou escrevendo sobre dor ou perplexidade, contradição e grandeza; sobre sonhos e vida. Lamentando muitas vezes a palavra na situação errada e o silêncio na hora em que teria sido melhor falar. Muitas vezes peco por falar e pensar continuamente sobre sermos responsáveis e inocentes em relação ao que nos acontece.
Talvez, se tudo der certo..
esse monólogo inicial poderá se tornar um diálogo.
E tudo não passa de um conceito visto por grandes
olhos de uma menina do meu tempo.